Base teórica
O subprojeto intitulado “Discurso linguístico-intercultural nas aulas de E/LE a partir do uso das TIC” pretende levar discentes, docentes e comunidade à reflexão das identidades multiculturais, valendo-se de diferentes gêneros autênticos, variedades linguísticas e diferentes modalidades (oral e escrita), a partir do uso das TIC nas aulas de E/LE (Espanhol como Língua Estrangeira). Elencamos abaixo o arcabouço teórico que nos orienta:
i) A respeito do trabalho com gêneros, apoiamo-nos em Bakhtin (1998), Marcuschi (2008) e Barros (2009);
ii) no que concerne às tecnologias de informação e comunicação, baseamo-nos nas elucidações de Levy (1999), Martínez (2004), Veen & Vrakking (2009) e Marcuschi (2010);
iii) no que se refere à interculturalidade, ancoramo-nos em Mendes (2004) e Walsh (2013);
iv) no que tange ao diálogo entre a escola, a universidade e a construção da cidadania, fundamentamo-nos na LDB (1996), nos PCN (1998) e nas OCN (2006).
As ações propostas para este subprojeto visam possibilitar a compreensão de textos orais e escritos em espanhol, baseados nos temas transversais, com vistas a auxiliar a produção de sentidos e o processo leitor em língua estrangeira e materna. Contribuem, portanto, para a formação do professor, numa perspectiva de que sua prática discursiva seja a de atuar para gerar mudanças em vários âmbitos da sociedade: educacional, político, econômico, social, cultural, permitindo a seus aprendizes a constituírem-se como cidadãos críticos e reconhecedores não só da cultura do outro, mas também da valorização da sua própria cultura.
Para tal, cada coordenação de área desse subprojeto desenvolve, com seus alunos-bolsistas, e aplica, junto aos alunos da Educação Básica, atividades didáticas de compreensão e produção oral e escrita, games, oficinas, rodas de leitura, exposições culturais e literárias, promovendo critica e interculturalmente o ensino de E/LE nas escolas públicas.
BIBLIOGRAFIA:
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BARROS, E. M. D. O gênero textual como articulador entre o ensino da língua e a cultura midiática. In: NASCIMENTO, E. L. Gêneros textuais – da didática das línguas aos objetos de ensino. São Paulo: Claraluz, 2009.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394), 1996. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf.
LEVY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Ed.34, 1999. p.157-168.
MARCUSHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2010.
______. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.
MARTÍNEZ, Jorge H. Gutiérrez. Novas tecnologias e o desafio da educação. In: Educação e Novas Tecnologias: esperança ou incerteza? São Paulo: Cortez; Buenos Aires: Instituto Internacional de Planteamiento de la educación; Brasília: UNESCO, 2004.
MENDES, Edleise. Abordagem comunicativa intercultural: uma proposta para ensinar e aprender língua no diálogo entre culturas. Tese de Doutorado em Línguística Aplicada. Campinas: UNICAMP, 2004.
SEB/MEC. PCN – Ensino Fundamental: Língua Estrangeira. Brasília: MEC, 1998.
_______. Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC, 2006.
VEEN, W.; VRAKKING, B. Homo Zappiens: educando na era digital. Tradução de Vinícius Figueira. Porto Alegre: ArtMed, 2009. 141 p.
WALSH, Catherine. Interculturalidad crítica y (de) colonialidad. Ensayos desde Abya Yala. Quito: Ediciones Abya Yala, 2013.